Ferroviária demite Claudinei Oliveira a duas rodadas do fim e busca 'choque de realidade' para evitar queda

Juliana Sousa - 11 nov, 2025

Dois jogos para salvar a temporada. E um técnico demitido no meio do caos. A Ferroviária, de Araraquara, tomou uma decisão radical: no dia 10 de novembro de 2025, aos 9 da noite, cortou o contrato de Claudinei Aparecido de Oliveira, o técnico que assumiu em setembro e não conseguiu frear a queda livre da equipe. A justificativa? Um choque de realidade. A equipe, que estava na 15ª posição com 40 pontos, voltou ao Z-4 após perder por 2 a 1 para o Athletic (não se sabe se é de Belém, Rio Grande do Sul ou outro) e ver o Botafogo-SP vencer por 1 a 0 no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. Agora, em 17º lugar, a Ferroviária vive o pesadelo: um ponto atrás do Botafogo-SP, e na mesma pontuação do Athletic — mas com duas vitórias a menos. Se o campeonato acabasse hoje, seria rebaixada. E não é só isso: é a primeira vez que um time do interior de São Paulo corre risco real de cair para a Série C em 2025.

Um técnico em crise e uma diretoria em pânico

Claudinei Oliveira, 52 anos, foi contratado no fim de setembro, com a missão de endireitar o rumo. Mas o que começou como esperança virou pesadelo. De acordo com o ogol.com.br, ele se despediu com apenas uma vitória em nove jogos. Já o ge.globo.com falou em sete jogos sem vencer — mas citou quatro empates e três vitórias, o que faz sentido apenas se for um erro de digitação. O fato é que, em pouco mais de seis semanas, o técnico não conseguiu imprimir identidade, nem segurança. A torcida já não acreditava mais. Os jogadores pareciam desmotivados. E a diretoria, que já havia transformado o clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em 2021, decidiu agir com dureza. "Foi um choque de realidade", disse um dirigente ao futebolinterior.com.br, sem se identificar. "Não podemos mais fingir que está tudo bem. Se não mudar agora, não vai mudar nunca."

Quem assume? O assistente que nunca foi técnico

O nome escolhido para tentar salvar a temporada foi Daniel Azambuja. Auxiliar técnico desde a chegada de Claudinei, ele nunca comandou uma equipe profissional. Ninguém sabe se ele tem a autoridade necessária. Mas tem uma vantagem: é um dos poucos que ainda acreditam. "Ele é um dos nossos", disse um jogador anônimo ao ogol.com.br. "Não é um estranho. É alguém que vive aqui, que entende o clube. E agora, temos que lutar por ele também." As duas últimas partidas são decisivas. Na próxima sexta-feira, dia 15 de novembro, às 19h, a Ferroviária recebe o Athletico-PR no Estádio Fonte Luminosa, em Araraquara. É o último jogo em casa. Depois, no dia 19, às 20h30, viaja para Ponta Grossa, no Paraná, enfrentar o Operário-PR. Nenhum dos dois adversários está livre de pressão. Mas a Ferroviária precisa vencer os dois. E ainda contar com derrotas do Athletic e do Botafogo-SP. É um cenário de filme. Mas é real.

Rebaixamento: o fim de uma era

Rebaixamento: o fim de uma era

Fundado em 1950, a Ferroviária viveu seus melhores momentos nos anos 1970 e 1980, com títulos estaduais e uma final da Copa do Brasil em 1990. Desde 2020, está na Série B — e sempre foi um dos clubes mais estáveis da divisão. Mas agora, o risco de cair para a Série C é real. Se isso acontecer, será a primeira vez que um time da região de Araraquara desce para a terceira divisão desde a reformulação do campeonato brasileiro. E o impacto será enorme: perda de patrocínios, redução de salários, fuga de jogadores. A própria SAF, criada para modernizar a gestão, pode ser colocada em xeque. "Se cair, é o fim da linha", disse um ex-presidente ao globoesporte.com. "Agora, a gente tem que torcer por um milagre."

Os números que não mentem

- 40 pontos: total da Ferroviária após 36 rodadas. Mesmo do Athletic, mas com 2 vitórias a menos. - 1 vitória em 9 jogos: o desempenho real de Claudinei Oliveira, segundo o ogol.com.br. - 2 jogos restantes: o tempo que sobra para evitar o rebaixamento. - 17º lugar: a posição atual, a primeira do Z-4. - 41 pontos: o que o Botafogo-SP tem, e que a Ferroviária precisa ultrapassar. - 5 anos: o tempo que a Ferroviária passou na Série B desde 2020. Se cair, será o fim de um ciclo.

O que vem depois?

O que vem depois?

Mesmo que a Ferroviária evite o rebaixamento, a diretoria já começa a planejar a renovação. O nome de Luiz Felipe Scolari foi mencionado em bastidores — mas é improvável, dada a idade e a agenda dele. Outros nomes, como Paulo Autuori e Marcelo Chamusca, são cotados. Mas o mais provável é que a SAF busque um técnico jovem, com experiência em clubes de interior e perfil de resgate. Ainda assim, o que importa agora é o que acontece nas próximas duas semanas. Porque, neste momento, não se trata de estratégia. Nem de tática. Se trata de sobrevivência.

Frequently Asked Questions

Por que a Ferroviária demitiu Claudinei Oliveira tão perto do fim da temporada?

A diretoria acredita que a equipe estava em uma espiral de desmotivação e falta de identidade. Apesar de Claudinei ter sido contratado apenas em setembro, ele não conseguiu reverter o resultado: apenas uma vitória em nove jogos, segundo o ogol.com.br. Com o clube no Z-4 pela primeira vez em 16 rodadas e a ameaça de rebaixamento real, a decisão foi tomada como um "choque de realidade" para mobilizar os jogadores e dar um novo rumo técnico nas duas últimas partidas.

Quais são as chances reais da Ferroviária escapar do rebaixamento?

Matematicamente, é possível. A Ferroviária precisa vencer os dois jogos restantes (contra Athletico-PR e Operário-PR) e torcer para que o Athletic e o Botafogo-SP percam pelo menos um jogo cada. Mesmo com 40 pontos, a equipe está atrás por critérios de desempate: vitórias e saldo de gols. Se fizer 6 pontos e os rivais somarem menos, sobrevive. Mas a pressão psicológica é enorme — e a história mostra que times em crise raramente reagem em jogos decisivos.

Quem é Daniel Azambuja e por que ele foi escolhido?

Daniel Azambuja é o auxiliar técnico de Claudinei Oliveira e nunca comandou uma equipe profissional. Sua escolha foi estratégica: ele conhece os jogadores, o estilo de jogo e o clima dentro do grupo. A diretoria queria alguém que não viesse de fora, mas que já estivesse dentro da realidade do time. A ideia é que ele traga energia e unidade — não tática complexa. É um gesto simbólico: a equipe precisa se reencontrar, não ser reinventada.

O que significa o rebaixamento da Ferroviária para o futebol de São Paulo?

Seria um golpe simbólico. A Ferroviária é um dos clubes mais tradicionais do interior paulista, com história e torcida fiel. Se cair para a Série C, será o primeiro time do interior de São Paulo a ser rebaixado em 2025 — e o primeiro desde 2017. Isso pode desencadear uma crise financeira, afastar patrocinadores locais e desestimular jovens talentos. Para muitos, não é só um clube que corre risco: é a identidade de uma região que se vê ameaçada.

Por que o Athletic aparece sem especificar a cidade?

Na Série B, há dois clubes chamados Athletic: um de Belém (PA) e outro de Rio Grande do Sul. O jornal ge.globo.com apenas mencionou "Athletic" sem detalhar, mas a partida foi disputada fora de casa da Ferroviária. Por análise de calendário e localização geográfica, é provável que tenha sido o Athletic de Belém, que tem maior histórico de deslocamentos. No entanto, o clube não foi identificado oficialmente nos relatos, o que gerou confusão entre os torcedores.

O que a SAF tem a ver com essa decisão?

A Ferroviária SAF, criada em 2021, transformou o clube em uma empresa com gestão profissional. Isso trouxe mais transparência, mas também mais pressão por resultados. O modelo exige retorno financeiro — e o rebaixamento significa perda de verbas da CBF, patrocínios e bilheteria. Por isso, a demissão de Claudinei não foi apenas esportiva: foi econômica. A diretoria não pode mais tolerar riscos. A temporada é um investimento — e, até agora, deu prejuízo.

Comentários(20)

Flávia Leão

Flávia Leão

novembro 12, 2025 at 03:22

claudinei foi demitido pq o time ta no z-4? ou pq a saf ta com medo de perder grana? 😂
acho que o choque de realidade foi o balanço do caixa, nao o futebol.
mas bom, pelo menos agora o Daniel Azambuja vai dar um jeito...
se ele nao sabe treinar, pelo menos sabe repetir o que o outro falou.
eh, a gente vive num pais onde o pior tecnico eh o que nunca foi tecnico.
mas tudo bem, se o time cair, a gente vira torcedor da Série C e fala que era melhor antes.
eh, a historia se repete...
sem drama, sem futebol, sem identidade.
so tem SAF, conta corrente e pressao.
quem ta perdendo aqui? o clube? ou o bolso?
nao sei, mas eu to torcendo pra ver o caos.
so pra ver se a diretoria acorda.
ou se vai continuar fingindo que tudo ta bem.
até o rebaixamento virar um meme.
pra depois dizer que 'a gente sempre soube que era assim'.
eh, o brasileiro ama sofrer... e depois se orgulhar disso.

Daniel Oliveira

Daniel Oliveira

novembro 12, 2025 at 13:14

É evidente que a demissão de Claudinei Oliveira representa um fracasso estrutural da gestão da Ferroviária SAF, uma entidade que, ao adotar modelos corporativos descontextualizados da realidade do futebol brasileiro, ignora a essência emocional e cultural que sustenta clubes de interior. A figura do técnico é, por natureza, um símbolo de continuidade, e a substituição por um auxiliar sem experiência demonstra uma crise de liderança que transcende o campo. A pressão por resultados imediatos, impulsionada por indicadores financeiros, destrói o capital simbólico do clube. A Série B não é um mercado de ações; é um território de pertencimento. E quando se substitui identidade por KPIs, o que resta é um fantasma de futebol, sem alma, sem história, sem torcida. A Ferroviária não está em risco de rebaixamento - está em risco de extinção simbólica.

Eduardo Mallmann

Eduardo Mallmann

novembro 13, 2025 at 16:40

Meu Deus, como é triste ver um clube com tanta história sendo reduzido a um balanço contábil.
Desde 1950, a Ferroviária foi mais que um time - foi um ponto de encontro, uma família.
Hoje, o que temos é um negócio que não entende o que é futebol.
Demitiu o técnico porque não ganhou? E o que fazem com os jogadores? E com os torcedores que pagam ingresso, que vestem a camisa, que cantam mesmo quando perde?
Esse Daniel Azambuja... ele não é um técnico. Ele é um símbolo da desesperança.
Quem acredita nele? Quem acredita nessa diretoria?
Se o rebaixamento vier, não será culpa de Claudinei.
Será culpa de quem achou que futebol era um app de investimento.
E aí, quando o clube desaparecer, quem vai lembrar que ele já foi campeão estadual?
Ninguém.
Porque hoje, só importa o lucro.
E o coração? O coração não entra no balanço.

David Costa

David Costa

novembro 14, 2025 at 06:37

Na verdade, o que está acontecendo com a Ferroviária é um reflexo do Brasil inteiro: tudo vira negócio, e o que não dá lucro é descartado.
Eu moro em Araraquara, e ainda lembro quando a torcida enchia o Fonte Luminosa mesmo com o time perdendo.
Agora? O estádio tá vazio porque ninguém acredita mais.
Clube de interior não tem patrocínio de multinacional, não tem TV por assinatura, não tem influencer vendendo camisa.
Tem só o povo. E o povo tá sendo traído.
Claro que o Claudinei não foi bom, mas ele não veio de fora - veio de dentro da lógica que a diretoria criou.
E agora, colocam um assistente sem experiência? Isso não é coragem, é covardia.
Se a SAF quer lucro, que invista em base, em estrutura, em formação.
Não em trocar técnico toda semana como se fosse um jogo de xadrez.
Essa é a verdadeira derrota: quando o futebol deixa de ser paixão e vira um spreadsheet.

Willian de Andrade

Willian de Andrade

novembro 16, 2025 at 01:56

2 jogos, 6 pontos, e aí? se der certo, tudo bem. se nao der, a gente vira meme.
mas pelo menos o time ta tentando, né?
acho que o Azambuja é o cara certo pra unir o grupo.
o importante agora é acreditar, e nao ficar olhando o calendário.
torcida pra cima, que a gente ainda tem chance.
se o botafogo-SP perder, a gente sobrevive.
se nao, a gente vira historia da srie c.
mas nao da pra desistir, nao agora.

Thiago Silva

Thiago Silva

novembro 17, 2025 at 14:48

Eu to aqui, torcendo mesmo sabendo que é difícil.
Tem gente que diz que o técnico era ruim, mas e os jogadores? E o clima dentro do grupo?
Se o time ta no Z-4, não é só um cara que tá errado.
É todo mundo.
E agora, o Azambuja é o único que ainda tá acreditando.
Isso conta, sabe?
Às vezes, o que a gente precisa não é de tática, é de alguém que te abraça e diz: ‘vamos tentar de novo’.
Se a Ferroviária cair, não vai ser só por pontos.
Vai ser porque a gente deixou de acreditar.
Então, vamos lá, torcida.
Seja no estádio, seja na frente da TV.
Porque se a gente não acreditar, quem vai acreditar?

Sandra Blanco

Sandra Blanco

novembro 18, 2025 at 03:41

Demitiu o técnico por causa de um empate? Isso é irresponsabilidade.
Quem faz isso é gente que não entende de futebol.
Se o time tá ruim, o problema é a estrutura, não o treinador.
Eles só querem um bode expiatório.
Depois vão esquecer tudo e voltar a fazer a mesma merda.
É só isso.

Willian Paixão

Willian Paixão

novembro 20, 2025 at 02:20

Eu acho que o Azambuja pode ser o cara que a Ferroviária precisa agora.
Ele não é um técnico famoso, mas ele conhece os jogadores, o clima, o clube.
Às vezes, o que falta não é experiência, é confiança.
Se o time acredita nele, se os jogadores sentem que ele é um deles, aí a magia acontece.
Eu já vi time com menos talento virar o jogo por causa de união.
E se a torcida der apoio, se a gente gritar, se a gente acreditar...
talvez, só talvez, a gente consiga.
Não é milagre, é esforço.
E a Ferroviária ainda tem esse esforço dentro.

Bruna Oliveira

Bruna Oliveira

novembro 21, 2025 at 11:53

Claro que demitiram o Claudinei - ele era um técnico de segunda divisão em um clube que queria ser Premier League.
Enquanto isso, a diretoria da SAF vive em um mundo de KPIs e relatórios de engajamento.
Até o estádio tem um QR code pra doação agora.
Meu Deus, a gente tá no século XXI e ainda acha que futebol é sobre vitórias?
É sobre branding.
É sobre influenciadores postando com a camisa.
É sobre o clube ser um produto, não uma comunidade.
E se cair? Tudo bem.
Na Série C, a gente vira um meme viral.
Com hashtags, TikTok, merch.
Se o clube morre, ele morre elegante.
Com NFT de gols perdidos.

Rayane Martins

Rayane Martins

novembro 21, 2025 at 16:40

Isso aqui é um alerta. Não é só sobre um técnico. É sobre como o futebol de interior tá sendo destruído.
Clubes como a Ferroviária não são patrimônio da cidade? Não são identidade? Não são história?
Se a SAF não entende isso, que saia.
Que a torcida tome o clube de volta.
Porque se a gente deixar o futebol virar um negócio de escritório, a gente perde tudo.
Não é só rebaixamento.
É morte.

gustavo oliveira

gustavo oliveira

novembro 23, 2025 at 10:35

Eu to de Araraquara, e a Ferroviária é a minha infância.
Meu pai levava a gente pro Fonte Luminosa, mesmo quando o time ta perdendo.
Hoje, a gente tá perdendo mais que o jogo.
Estamos perdendo a alma.
Se cair, não vai ser só o clube.
Vai ser a gente, a cidade, a memória.
Por favor, não deixem isso acabar.

Caio Nascimento

Caio Nascimento

novembro 25, 2025 at 05:53

Eu entendo a pressão da diretoria, mas a demissão de Claudinei Oliveira, em um momento tão crítico, é uma decisão extremamente arriscada - e, francamente, irresponsável. O time está em uma situação delicada, e trocar o técnico com apenas dois jogos restantes não resolve problemas estruturais. Além disso, a escolha de Daniel Azambuja - embora simbólica - carece de fundamentação técnica. O futebol moderno exige preparo, e não apenas empatia. O clube precisa de um plano, não de um gesto emocional. E, se a SAF não está disposta a investir em infraestrutura, em base, em ciência do esporte, então o rebaixamento será inevitável - e não será culpa de ninguém, será culpa da indiferença sistêmica.

Rafael Pereira

Rafael Pereira

novembro 27, 2025 at 00:45

Sei que tá difícil, mas não desiste não.
Se o Azambuja não tem experiência, ele tem coração.
E às vezes, coração vence técnica.
Eu já vi time com menos que isso vencer o impossível.
É só a torcida ir lá, gritar, apoiar.
Se a gente fizer isso, os jogadores sentem.
Eles sentem que não estão sozinhos.
Então, vamos lá.
Na sexta, no Fonte Luminosa, eu vou estar lá.
Com a camisa, com o grito, com a fé.
Porque o futebol não é só vitória.
É luta.
E a Ferroviária ainda tá lutando.

Naira Guerra

Naira Guerra

novembro 27, 2025 at 23:51

Essa diretoria deveria ser responsabilizada. Não o técnico.
Se o clube tá nesse estado, é porque ninguém cuidou da base, da estrutura, da formação.
Colocar a culpa num cara que veio há seis semanas é covardia.
Se eles tivessem feito o dever de casa, não estaria assim.
Esse é o problema do Brasil: sempre tem alguém pra culpar.
Ninguém quer olhar pra dentro.

Francini Rodríguez Hernández

Francini Rodríguez Hernández

novembro 28, 2025 at 03:13

amigo, se a gente vencer os dois jogos, a gente ta salvo!
se nao, a gente vira historia, mas pelo menos tentou!
o azambuja ta com tudo, ele ta junto com a galera!
torcida, veste a camisa, vai pro estádio, grite como se fosse o ultimo jogo da sua vida!
porque isso aqui é mais que futebol!é coração!

Manuel Silva

Manuel Silva

novembro 28, 2025 at 22:00

o que a gente ta vendo é o fim de um ciclo, mas talvez o começo de outro.
o Claudinei não foi o problema, foi o sintoma.
o problema é que o clube não tem base, não tem planejamento, não tem visão.
agora, o Azambuja pode ser o primeiro passo pra reconstruir.
mas só se a diretoria parar de agir como se fosse um jogo de poker.
porque se continuar assim, o rebaixamento é só o começo.

Flávia Martins

Flávia Martins

novembro 29, 2025 at 11:10

por que o athletic ta sem cidade? isso é confuso
tem dois athletic? e qual foi mesmo?
se for o do pará, foi longe
mas se for o do rs, isso é outro jogo
alguém sabe? pq isso ta me deixando louca

José Vitor Juninho

José Vitor Juninho

novembro 29, 2025 at 16:55

Eu não acho que o Azambuja é a solução, mas também não acho que o Claudinei era o vilão.
O problema é mais profundo: a Ferroviária não tem estrutura para competir na Série B com essa gestão.
Clubes de interior precisam de investimento, de base, de profissionalização - não de trocas de técnico.
Se a SAF quer sobreviver, precisa parar de agir como se fosse uma startup e começar a agir como um clube.
Porque o futebol não se salva com pressão.
Se salva com planejamento.
E aí, se o rebaixamento vier, será culpa de todos que deixaram isso acontecer.

Maria Luiza Luiza

Maria Luiza Luiza

dezembro 1, 2025 at 01:36

Claro que o técnico foi demitido - ele era péssimo, claro.
mas o pior é que ninguém tá falando da verdade: a Ferroviária é um clube de 1950 tentando viver em 2025.
Seu estádio é um lixo, o CT é um sonho, os jogadores são trocados como se fosse jogo de cartas.
Demitiu o técnico? Tudo bem.
E agora? Vão demitir os jogadores também?
E os funcionários?
E a torcida?
Porque se a gente não mudar a estrutura, a gente vai cair, voltar, cair de novo.
E o pior? A gente vai continuar achando que foi culpa do técnico.
Enquanto isso, o clube morre em silêncio.

Eduardo Mallmann

Eduardo Mallmann

dezembro 2, 2025 at 23:28

É curioso como a sociedade valoriza o gesto dramático e ignora a construção lenta. A demissão de Claudinei é um espetáculo - e o futebol moderno vive de espetáculos. Mas o que realmente salva um clube não é o técnico que entra, e sim o que permanece: a cultura, a memória, a relação com a comunidade. Se a Ferroviária quiser sobreviver, não precisa de um novo treinador. Precisa de um novo contrato social com sua torcida. Sem isso, qualquer vitória será temporária - e o rebaixamento, apenas um episódio na longa história de abandono.

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