Lanús x Fluminense abriu as quartas de final da Copa Sul-Americana 2025 na terça-feira, 16 de setembro, às 21h30 (de Brasília), no Estádio La Fortaleza, em Lanús, região metropolitana de Buenos Aires. A partida teve transmissão em TV aberta pelo SBT e streaming pelo Paramount+, conforme as condições da plataforma para assinantes.
Para quem acompanhou o jogo ou quer entender como foi o serviço de transmissão, eis o básico:
O confronto foi o primeiro capítulo de um mata-mata que promete ser decidido no detalhe. A volta está marcada para 19 de setembro, no Maracanã, também às 21h30. Sem gol qualificado (a Conmebol aboliu a regra), empate no placar agregado leva a decisão diretamente para os pênaltis.
O chaveamento já está desenhado: quem avançar encara o vencedor de Alianza Lima x Universidad de Chile na semifinal. Ou seja, além de vaga entre os quatro melhores, o duelo também define quem entra em uma rota de viagens e ambientes hostis, tradicionalmente pesados no mata-mata sul-americano.
O Fluminense chegou às quartas embalado. Nas oitavas, passou pelo América de Cali com autoridade: venceu os dois jogos e fechou a série em 4 a 1 no agregado. O clube brasileiro entrou nesta fase como o único do país ainda ativo em mais de um torneio continental na temporada, o que aumenta a pressão por rodar elenco sem perder intensidade.
Do outro lado, o Lanús trilhou um caminho mais sofrido. O time superou o Central Córdoba em um confronto argentino decidido apenas nos pênaltis. No tempo regulamentar, cada equipe venceu uma vez e a soma terminou 1 a 1. Nas penalidades, o Lanús foi mais frio: 4 a 2. A classificação confirmou uma tendência histórica do clube grená de competir bem em mata-mata, especialmente em casa, onde a atmosfera de La Fortaleza costuma pesar.
A primeira partida também teve um ingrediente emocional: o reencontro de Germán Cano com o clube que o formou. O atacante argentino iniciou a carreira no Lanús antes de rodar por América do Sul e México e se tornar referência no futebol brasileiro. Voltar a La Fortaleza para um jogo eliminatório mexe com torcida e jogador — e, claro, com a defesa adversária, que conhece bem o faro de gol do argentino.
O Lanús vem de uma campanha consistente na fase de grupos: terminou líder do Grupo G, o mesmo de Vasco, com 12 pontos. A equipe soube pontuar em casa e se defender bem fora, algo que no mata-mata costuma ser decisivo. Em jogos grandes, o Lanús geralmente acelera pelos lados, busca cruzamentos e disputa a segunda bola. Em noite com estádio cheio, a pressão inicial costuma ser forte.
O Fluminense, por sua vez, encontrou soluções nas oitavas ao controlar o ritmo dos jogos e explorar bem as chegadas de segunda linha. A bola parada ofensiva também funcionou, e a equipe ajustou a transição defensiva para sofrer menos contra-ataques. Fora de casa, a prioridade costuma ser reduzir o volume do adversário e escolher os momentos de acelerar — postura que em La Fortaleza ajuda a esfriar a arquibancada e ganhar minutos preciosos.
Sem a regra do gol fora, a estratégia dos 90 minutos muda. Empatar na Argentina não traz mais a vantagem matemática de outros anos, mas sustenta a série aberta para decidir no Maracanã, onde o Fluminense costuma impor ritmo e volume, com apoio massivo da torcida. Para o Lanús, vencer em casa sem se expor demais é o ideal; dois gols de frente normalmente são um colchão importante para suportar a volta no Rio.
Outro ponto de atenção é o calendário: intervalo curto entre os jogos exige gestão física. Times que treinam pouco e jogam muito dependem de elenco e leitura fina de desgaste. Substituições cirúrgicas no segundo tempo e controle de minutos de peças-chave viram parte do plano, sobretudo quando a disputa pode ir aos pênaltis, onde concentração e perna pesada fazem diferença.
Com a semifinal no horizonte e a temporada entrando em fase de decisão, cada detalhe ganha peso: quem erra menos na saída de bola, quem domina a bola parada, quem mantém a cabeça fria nos momentos quentes. O histórico recente mostra que duelos Argentinos x Brasileiros na Sul-Americana costumam ser físicos, com arbitragem permitindo contato e poucos espaços no meio. Paciência e precisão contam tanto quanto inspiração.
Serviço do jogo da volta, para se organizar: data em 19 de setembro, às 21h30 (de Brasília), no Maracanã. O vencedor enfrentará Alianza Lima ou Universidad de Chile. Expectativa de casa cheia no Rio e um clima de decisão desde o aquecimento. Quem carregar uma vantagem da ida entra mais leve, mas nada que garanta tranquilidade por 90 minutos — ainda mais em confronto que já mostrou ser equilibrado desde o sorteio.
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