Flamengo avança à semifinal da Libertadores após vitória dramática nos pênaltis

Juliana Sousa - 27 set, 2025

Jogo contra o Estudiantes de La Plata

Na noite de 25 de setembro, o Flamengo entrou em campo no histórico estádio do Estudiantes, em La Plata, com a missão de virar a série que ainda estava 2 a 2 no placar agregado. O duelo, válido pelas quartas de final da Copa Libertadores, começou intenso, com os argentinos controlando a posse e impondo pressão desde o apito inicial.

O primeiro tempo foi marcado por chances para ambos os lados, mas foi aos dois minutos do segundo tempo do primeiro período que o jovem meio-campista argentino Gastón Benedetti virou o jogo. Recebendo um cruzamento pela direita, ele se posicionou na esquerda da área, ajeitou a bola e lançou um voleio potente que escapou das mãos do goleiro do Flamengo, Agustín Rossi. O gol trouxe o placar de 1 a 0 para o Estudiantes, mas também equalizou o confronto em 2 a 2 no total das duas partidas, já que o Rubro‑negro havia vencido o primeiro encontro por 2 a 0.

O gol de Benedetti chegou pouco antes do intervalo, exatamente quando o Flamengo começava a encontrar ritmo defensivo. A comemoração da torcida argentina foi efusiva, e o time visitante chegou ao vestiário com renovada confiança para o segundo tempo.

No segundo tempo, o Estudiantes continuou a dominar o meio‑campo, criando oportunidades claras de gol. Uma jogada promissora aos 68 minutos foi anulada por impedimento, privando os argentinos de ampliar a vantagem. Do outro lado, o Flamengo tentou o contra‑ataque. Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol, fez pressão sobre o goleiro Lautaro Musetti, forçando uma defesa importante que manteve o placar inalterado.

Ao fim dos 90 minutos, o empate de 2 a 2 no agregado levou a decisão para a disputa de pênaltis, cenário que costuma revelar a força mental das equipes.

Desfecho nos pênaltis e próximo desafio

Desfecho nos pênaltis e próximo desafio

Na fase de cobranças, a narrativa mudou rapidamente. Benedetti, herói do primeiro tempo, viu sua chance virar em derrota quando viu o chute ser bloqueado com maestria por Agustín Rossi, que já cobria a culpa do gol sofrido. O arqueiro argentino ainda defendeu o pênalti de Santiago Ascacibar, garantindo a vantagem para o seu time.

  • Jorginho converteu com tranquilidade.
  • Luiz Araújo mostrou frieza e marcou.
  • Jorge Carrascal manteve a sequência vencedora.
  • Léo Pereira fechou com sucesso, culminando em 4 a 2 nos pênaltis.

Com a vitória, o Flamengo demonstrou a experiência de seus veteranos em momentos de alta pressão, especialmente nas cobranças de pênaltis, onde a presença de Rossi fez a diferença. Ao contrário do que o próprio admitiu, Rossi reconheceu seu erro ao ceder o gol, mas ressaltou a importância de redenção: "Nada é fácil na Libertadores. Eu fui parte do gol, mas consegui me redimir nas cobranças".

O próximo adversário será o Racing Club, da Argentina, nas semifinais. O confronto representa mais um obstáculo na busca pelo quarto título continental da história do clube carioca. A preparação já está em curso, e a torcida rubro‑negra volta a sonhar com a glória após a exibição de coragem e determinação mostrada contra o Estudiantes.

Além das jogadas em campo, a partida destacou a importância do fator psicológico nas competições internacionais. A capacidade de transformar um erro em oportunidade, como fez Rossi, é um diferencial que pode definir o rumo de toda uma campanha. O Flamengo, agora, carrega esse aprendizado para o próximo duelo, onde cada detalhe — da marcação na defesa até a execução das chances — será decisivo.

Comentários(8)

Paulo Ignez

Paulo Ignez

setembro 27, 2025 at 13:36

O futebol é isso mesmo. Erro e redenção no mesmo jogo.
Se o cara erra, ele tem que acertar. Sem isso, não é esporte.

Tamires Druzian

Tamires Druzian

setembro 28, 2025 at 18:09

Aí que tá o cerne da questão, né? O Rossi não só salvou o clube, ele redefiniu o conceito de liderança sob pressão. O futebol moderno exige mais que técnica - exige resiliência psicológica. E o Flamengo, com essa equipe, tá mostrando que entende esse novo paradigma. O Estudiantes jogou bem, mas não tinha o DNA da virada.

Alexandre Fernandes

Alexandre Fernandes

setembro 29, 2025 at 03:50

Eu fiquei pensando... o que é mais difícil: fazer o gol ou encarar a cobrança depois de ter feito o erro? O Benedetti teve coragem de tentar. O Rossi teve coragem de se levantar. Talvez o verdadeiro herói não seja o que marca, mas o que não desiste de ser útil.

Mariana Guimarães Jacinto

Mariana Guimarães Jacinto

setembro 29, 2025 at 12:35

É inaceitável que o Flamengo avance com um goleiro que comete um erro tão grotesco. A defesa organizada não existe mais? O técnico deveria ser demitido por negligência tática. Isso não é sorte, é incompetência disfarçada de emoção.

Leandro Sabino

Leandro Sabino

setembro 30, 2025 at 15:08

Mano, o Rossi foi o cara da partida, sem sombra de duvida! Ele errou o gol, mas na penalti ele foi o cara da vida! Aquele bloqueio no Benedetti foi tipo um filme, tipo o Keanu Reeves no Matrix, só que com luva! Gabigol também tá com a cabeça no lugar, e o Léo Pereira, mano, ele é o capitão do coração, não só do time! Essa galera tem mentalidade de campeão, e isso é raro hoje em dia. Vamo que vamo, Racing não é nada!

Júnior Soares

Júnior Soares

setembro 30, 2025 at 20:26

Essa vitória é um reflexo da decadência do futebol brasileiro. Um time que depende de um goleiro se redimir para avançar não é campeão, é azarado. O Estudiantes teve mais posse, mais chances, mais organização. O Flamengo só venceu porque a arbitragem permitiu que o adversário se desgastasse. Isso não é mérito, é sorte disfarçada de luta.

Juliana Juliana Ota

Juliana Juliana Ota

outubro 2, 2025 at 08:00

O Rossi foi o herói... mas e o Jorginho? 😍💖 Ele cobrou como se tivesse ganhado na loteria! E o Gabigol? Tava tão nervoso que parecia que ia pedir um café antes de correr! 🤣👏 #FlamengoNaFinal #RedençãoComLuva

Bruna Neres

Bruna Neres

outubro 3, 2025 at 19:26

A gente tá vivendo o pico da tragédia cômica. Um goleiro que erra um voleio como se fosse um pão de queijo na padaria, e depois salva três cobranças como se tivesse lido o pensamento dos argentinos. O futebol não é esporte, é teatro. E o Flamengo? É o palhaço que vira rei no final, só porque o público quer achar que existe justiça. Mas a verdade? É que o futebol é caos com camisa.

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