Na noite de 25 de setembro, o Flamengo entrou em campo no histórico estádio do Estudiantes, em La Plata, com a missão de virar a série que ainda estava 2 a 2 no placar agregado. O duelo, válido pelas quartas de final da Copa Libertadores, começou intenso, com os argentinos controlando a posse e impondo pressão desde o apito inicial.
O primeiro tempo foi marcado por chances para ambos os lados, mas foi aos dois minutos do segundo tempo do primeiro período que o jovem meio-campista argentino Gastón Benedetti virou o jogo. Recebendo um cruzamento pela direita, ele se posicionou na esquerda da área, ajeitou a bola e lançou um voleio potente que escapou das mãos do goleiro do Flamengo, Agustín Rossi. O gol trouxe o placar de 1 a 0 para o Estudiantes, mas também equalizou o confronto em 2 a 2 no total das duas partidas, já que o Rubro‑negro havia vencido o primeiro encontro por 2 a 0.
O gol de Benedetti chegou pouco antes do intervalo, exatamente quando o Flamengo começava a encontrar ritmo defensivo. A comemoração da torcida argentina foi efusiva, e o time visitante chegou ao vestiário com renovada confiança para o segundo tempo.
No segundo tempo, o Estudiantes continuou a dominar o meio‑campo, criando oportunidades claras de gol. Uma jogada promissora aos 68 minutos foi anulada por impedimento, privando os argentinos de ampliar a vantagem. Do outro lado, o Flamengo tentou o contra‑ataque. Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol, fez pressão sobre o goleiro Lautaro Musetti, forçando uma defesa importante que manteve o placar inalterado.
Ao fim dos 90 minutos, o empate de 2 a 2 no agregado levou a decisão para a disputa de pênaltis, cenário que costuma revelar a força mental das equipes.
Na fase de cobranças, a narrativa mudou rapidamente. Benedetti, herói do primeiro tempo, viu sua chance virar em derrota quando viu o chute ser bloqueado com maestria por Agustín Rossi, que já cobria a culpa do gol sofrido. O arqueiro argentino ainda defendeu o pênalti de Santiago Ascacibar, garantindo a vantagem para o seu time.
Com a vitória, o Flamengo demonstrou a experiência de seus veteranos em momentos de alta pressão, especialmente nas cobranças de pênaltis, onde a presença de Rossi fez a diferença. Ao contrário do que o próprio admitiu, Rossi reconheceu seu erro ao ceder o gol, mas ressaltou a importância de redenção: "Nada é fácil na Libertadores. Eu fui parte do gol, mas consegui me redimir nas cobranças".
O próximo adversário será o Racing Club, da Argentina, nas semifinais. O confronto representa mais um obstáculo na busca pelo quarto título continental da história do clube carioca. A preparação já está em curso, e a torcida rubro‑negra volta a sonhar com a glória após a exibição de coragem e determinação mostrada contra o Estudiantes.
Além das jogadas em campo, a partida destacou a importância do fator psicológico nas competições internacionais. A capacidade de transformar um erro em oportunidade, como fez Rossi, é um diferencial que pode definir o rumo de toda uma campanha. O Flamengo, agora, carrega esse aprendizado para o próximo duelo, onde cada detalhe — da marcação na defesa até a execução das chances — será decisivo.
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