Parasita: tudo que você precisa saber sobre o filme que virou fenômeno

Se você ainda não assistiu Parasita, está perdendo uma das histórias mais inteligentes dos últimos tempos. Direto da Coreia do Sul, o obra de Bong Joon-ho mistura drama, suspense e crítica social de um jeito que prende do começo ao fim.

O que faz o filme tão especial? Primeiro, a trama de duas famílias – uma rica e outra pobre – que se cruzam de forma inesperada. Cada cena é planejada para mostrar a diferença de classe sem precisar de longas explicações. O diretor usa a casa dos Park como um tabuleiro de xadrez, onde o Kim tenta mover as peças para garantir seu lugar.

Por que Parasita levou o Oscar?

Em 2020, Parasita fez história ao ser o primeiro filme em língua não‑inglesa a ganhar o Oscar de Melhor Filme. Mas não foi só por ser “exótico”. A narrativa tem camadas: humor negro, thriller psicológico e um olhar crítico sobre a desigualdade. A Academia reconheceu a combinação de roteiro afiado, direção impecável e atuação convincente.

Além do prêmio principal, o filme saiu vitorioso nas categorias de Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Design de Produção. Cada um desses prêmios reforça como cada detalhe – dos cenários à iluminação – conta uma parte da história.

Curiosidades que poucos sabem

Sabia que a casa dos Park foi construída especialmente para as filmagens? O cenário foi projetado para ser quase um personagem, com salas que mudam de sentido conforme a trama avança. Outra curiosidade: o nome "Parasita" tem duplo sentido. Ele pode se referir tanto ao inseto que vive de outro ser quanto ao comportamento humano de viver às custas de alguém.

O filme também traz uma referência silenciosa ao clássico O Rei Leão – a cena da churrascaria tem um detalhe que lembra a savana africana. Esses easter eggs são pequenos toques que recompensam o espectador atento.

Se você gosta de discutir filmes, Parasita gera conversa. A cena final, por exemplo, deixa a maioria das pessoas divididas: será que o filho dos Kim realmente tem chance de mudar de vida? Ou tudo acaba em um ciclo de violência que nunca se quebra? Essa ambiguidade faz o filme ser comentado por dias, semanas e até meses.

Para quem quer entender melhor o contexto, vale assistir a entrevistas com o elenco e o diretor. Eles explicam como a história se inspira em situações reais de desigualdade na Coreia e como isso ecoa no Brasil e em outros países. Essa universalidade ajuda a explicar por que o filme atravessa fronteiras.

Se ainda não viu, a dica é assistir em boa tela, com som em volume adequado. Cada som de porta batendo ou o silêncio antes de um momento tenso tem um papel crucial. E não se preocupe se perder algum detalhe – o filme permite várias visualizações, e cada uma traz algo novo.

Em resumo, Parasita não é só um filme premiado; é uma aula de como contar histórias que atingem o público de forma profunda e divertida. Prepare a pipoca, abra a mente e aproveite o passeio inesperado que Bong Joon‑ho preparou para nós.