Se você curte samba, funk ou MPB, provavelmente já ouviu Jorge Ben Jor. O cantor nasceu em 22 de março de 1945, no Rio de Janeiro, e desde cedo foi cercado por ritmo. Seu pai tocava pandeiro e a mãe cantava, então a música entrou no sangue.
Nos anos 60, Jorge começou a tocar violão nas ruas e nas rodas de samba. O primeiro grande salto veio com o single "Mas, que Nada!" em 1963. A canção virou clássico instantâneo e ainda hoje aparece em playlists de todo o mundo.
Jorge Ben Jor misturou o samba tradicional com o rock dos Beatles, criando o que chamamos de samba‑rock. Essa fusão fez seu som diferente: batidas marcantes, guitarra elétrica e letras que falam de amor, festa e Brasil. O álbum "O som da vibração" (1968) consolidou o estilo e trouxe hits como "Fio Maravilha" e "A princesa e o plebeu".
Ele também era conhecido por usar gírias e expressões do cotidiano, o que deixava as músicas mais próximas do ouvinte. Não é à toa que as letras são fáceis de cantar junto, e todo mundo acaba repetindo o refrão no churrasco.
Nos anos 70, Jorge mudou o nome de Jorge Ben para Jorge Ben Jor, para evitar confusão com o jogador de futebol Ben Jon. Essa mudança não afetou seu ritmo; ao contrário, ele continuou lançando sucessos como "Taj Mahal", que foi regravado por Sérgio Mendes e alcançou o público internacional.
O impacto de Jorge Ben Jor vai muito além das paradas de sucesso. Artistas como Gilberto Gil, Tim Maia e até Marcelo D2 citam o cantor como grande inspiração. A batida de "País Tropical" ainda rende remixes nas festas de hoje, e o groove de "Que calor" aparece em trilhas de filmes e comerciais.
Além da música, Jorge também ficou famoso por sua presença de palco. Ele costuma usar roupas coloridas, chapéus e tem um sorriso contagiante que deixa o público animado. Esse carisma ajudou a transformar seus shows em verdadeiros espetáculos de energia.
Nos últimos anos, Jorge Ben Jor tem colaborado com jovens artistas de hip‑hop e funk, mostrando que seu som ainda tem espaço para novas interpretações. A parceria com o rapper Emicida em "Anunciação" é um exemplo de como o clássico pode se reinventar.
Se você ainda não conhece a discografia completa, comece pelos álbuns "A Tábua de Esmeralda" (1974) e "Solta o Pavão" (1975). Eles são marcos que misturam poesia, ritmo e a típica batida de Jorge. Cada faixa tem um convite para dançar e cantar.
Para quem quer saber curiosidades, sabia que Jorge Ben Jor já foi convidado para tocar no festival de Woodstock? O convite acabou não acontecendo, mas a história mostra o reconhecimento internacional que o artista já tinha nos anos 70.
Em resumo, Jorge Ben Jor é muito mais que um cantor; ele é um fenômeno cultural que une gerações. Sua música ainda ecoa nas rádios, nas festas e nas playlists de streaming. Portanto, se a sua playlist ainda não tem um toque de Jorge, é hora de colocar "Mas, que Nada!" e deixar o ritmo entrar.