Todo mundo já ouviu falar de fotos íntimas que vazam na rede e já sentiu aquele frio na barriga. Mas a verdade é que, com algumas atitudes simples, você consegue diminuir muito o risco de ter seu conteúdo exposto sem consentimento.
Primeiro passo: pense antes de enviar. Pergunte a si mesmo se realmente confia na pessoa e se o ambiente onde a foto foi tirada é seguro. Apps de mensagens que prometem “criptografia de ponta a ponta” são melhores, mas ainda podem ter falhas. Não compartilhe imagens em chats abertos ou em grupos sem garantir que todos são de total confiança.
Uma das armas mais poderosas contra invasões são senhas difíceis de adivinhar e a autenticação de dois fatores (2FA). Defina combinações de letras, números e símbolos que você nem se lembra, e ative o 2FA nas contas de e‑mail, redes sociais e apps de armazenamento. Se alguém conseguir sua senha, ainda precisará do segundo fator para entrar.
Além disso, mantenha seu sistema operacional e aplicativos sempre atualizados. Atualizações costumam corrigir brechas que hackers podem explorar para acessar sua galeria ou seu backup na nuvem.
Se a situação acontecer, não entre em pânico. O primeiro passo é coletar provas: tire prints, salve URLs e registre a data. Em seguida, denuncie a mídia onde o conteúdo foi publicado – a maioria das redes tem canais de remoção de conteúdo não consentido.
Procure também assistência jurídica. No Brasil, a Lei nº 13.718/2018 tipifica a “divulgação de cena de nudez ou sexo sem consentimento” como crime. Um advogado pode orientar sobre como abrir um processo e solicitar a retirada do material do ar.
Por fim, cuide da sua saúde mental. O vazamento pode gerar angústia, mas conversar com amigos de confiança ou com um psicólogo ajuda a lidar com a situação.
Resumo rápido: pense antes de enviar, use senhas fortes e 2FA, mantenha tudo atualizado e, se algo vazar, documente, denuncie e busque apoio jurídico e emocional. Assim, você diminui os riscos e se prepara para agir caso algo saia do controle.