Fibrilação Atrial: o que você precisa saber agora

A fibrilação atrial (FA) é um tipo de arritmia que deixa o coração batendo de forma rápida e irregular. Quando isso acontece, o sangue pode ficar parado em algumas partes do coração, aumentando o risco de coágulos e, em casos graves, de AVC. Mas não precisa entrar em pânico: com diagnóstico precoce e tratamento adequado, dá para controlar a situação e viver bem.

Como reconhecer os sinais da fibrilação atrial

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Alguns sentem palpitações fortes, como se o coração “tremesse” no peito. Outros percebem falta de ar, cansaço extremo ao subir escadas ou tontura. É comum ainda ter dor no peito ou sentir que o ritmo cardíaco está muito rápido, acima de 100 batimentos por minuto. Se você notar qualquer um desses sinais de forma persistente, procure um médico; um simples eletrocardiograma pode confirmar a FA.

Tratamento e medidas para melhorar a qualidade de vida

O tratamento costuma envolver três linhas principais: controlar a frequência cardíaca, restaurar o ritmo normal e prevenir coágulos. Medicamentos como betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio ajudam a reduzir a frequência. Em alguns casos, o médico pode recomendar cardioversão elétrica – um choque controlado para “resetar” o coração. Anticoagulantes são fundamentais para quem tem risco alto de AVC, pois evitam a formação de coágulos.

Além dos remédios, mudanças no estilo de vida fazem diferença. Reduzir o consumo de álcool, evitar cafeína em excesso e praticar atividade física regular ajudam a manter o ritmo cardíaco estável. Controle a pressão arterial e o diabetes, pois essas condições pioram a FA. Se você fuma, pare imediatamente; o tabaco aumenta a inflamação e a probabilidade de arritmias.

Para quem tem FA recorrente, procedimentos como ablação por cateter podem ser indicados. Esse método usa energia de radiofrequência para destruir pequenas áreas do tecido cardíaco que geram os impulsos desordenados. Embora seja mais invasivo, a taxa de sucesso é alta e muitos pacientes ficam livres da arritmia por anos.

Não deixe de acompanhar o tratamento com exames regulares. O médico pode ajustar a dose dos medicamentos ou mudar a estratégia conforme a evolução da doença. Lembre‑se de que a fibrilação atrial não desaparece sozinha, mas com o acompanhamento certo, você consegue minimizar os riscos e retomar a rotina tranquila.

Se ainda ficou com dúvidas, converse com seu cardiologista. Ele pode explicar detalhadamente como cada opção funciona e ajudar a montar um plano que combine medicação, mudanças de hábitos e, se necessário, procedimentos mais avançados. O importante é agir rápido, porque quanto antes a FA for controlada, menores são as chances de complicações graves.