Se você acompanha o noticiário policial, provavelmente já ouviu falar do PCC e sua influência, especialmente no estado de São Paulo. Na madrugada do dia 20 de maio de 2025, essa presença violenta se fez sentir de novo nas ruas de Santos, quando uma operação policial focada em desmantelar um ponto de tráfico quase terminou em tragédia para ambos os lados.
O alvo era um homem identificado como líder regional da facção, peça fundamental para os negócios do tráfico de drogas próximos à zona portuária de Santos. A polícia vinha monitorando o local, apontado como centro de distribuição comandado diretamente pelo PCC para abastecer bairros da Baixada Santista. Quem vive por ali, sabe: o porto virou rota concorrido não só para a economia legal, mas também para o crime organizado.
Durante o cumprimento do mandado, o suspeito não só resistiu, como também tentou tomar a arma de um dos policiais. A tentativa desencadeou um confronto à queima-roupa. No fim, o chefe do PCC levou tiros no tórax e acabou hospitalizado sob escolta pesada, enquanto os agentes saíram ilesos, mas em alerta máximo diante da tensão do momento.
Esse episódio não foi isolado. Desde 2024, quem acompanha as investigações percebe que a cúpula do PCC vive um clima de desconfiança. Divisões internas esfriaram alianças antigas e aumentaram a violência entre facções rivais, mas também dentro do próprio grupo. O nome do suspeito baleado já tinha aparecido em investigações anteriores como articulador de alianças e disputas de território.
As autoridades acreditam que esse ataque pode ter relação com a briga de poder em curso. O que estava em jogo não era só um ponto de tráfico. Era também a manutenção da autoridade de quem comanda a região. Informações indicam que há pelo menos três lideranças tentando assumir o controle das rotas de drogas entre Santos e a capital.
Mesmo com um líder regional fora de circulação, o risco de represálias não foi descartado. Segundo policiais envolvidos na ação, outros membros da facção podem tentar retomar o poder perdido ou eliminar ameaças internas. Enquanto isso, moradores da região permanecem apreensivos diante da escalada de conflitos em plena área urbana.
Por trás dessas operações, tudo indica que a polícia enfrenta não só criminosos armados, mas uma estrutura profissional, conectada a redes internacionais. E cada ação desse tipo não só pressiona a facção, como também sacode ainda mais o delicado equilíbrio do submundo do crime em São Paulo.
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